Originário dos guetos negros e latinos de Nova York, o hip hop transcendeu suas origens e se espalhou pelo mundo, tornando-se musica mundial, como já escreveu gente do quilate de Mumia Abu-Jamal. Uma das grandes novidades dos últimos anos é o rap indígena, cantado em idiomas tão diversos como o aymara, o mapuche e o guarani. “Como é o caso de muitas formas de arte que têm saído da América Negra, o hip hop se transforma e se torna um recurso de outros povos em luta para resolver os problemas de suas comunidades. Ao redor de todo o mundo, esta forma de arte abraça a transformação social e se torna a voz de muitas línguas contra o racismo, exclusão, pobreza, exploração política e dominação imperial”, disse Mumia, certa vez.
Na fronteira entre Brasil e Paraguai, vivem os Guarani-Kaiowa, o mais numeroso grupo indígena do Brasil, atualmente. A pesada discriminação racial e a violencia policial que enfrentam esses índios tornou inevitável a identificação com o Hip Hop. Nas aldeias do grupo, superlotadas pelo confinamento promovido pelo governo brasileiro ao longo de todo o seculo XX, a fim de liberar as ricas terras da região para o agronegócio, os jovens enfrentam fome, doenças e falta de perspectivas sobre um futuro. O resultado tem sido muita violência, suicídios e, agora, como reação, o Hip Hop, cantado em guarani.
Criado na reserva indígena de Dourados, a mais populosa e violenta da região, o Bro MCs é o primeiro grupo guarani-kaiowa de rap a gravar um disco. As letras contundentes do grupo, formado por dois pares de irmãos, Clemerson e Bruno, e Kelvin e Charlie, têm chamado a atenção. Agora, chega seu primeiro videoclipe, da música Eju Orendive (Venha conosco).
A seguir, a letra traduzida da música, que é cantada em português e guarani.
Aqui, o meu rap não acabou
Aqui, o meu rap apenas começou
Escute, faz favor
Está na mão do Senhor
Não estou para matar
Sempre peço a Deus
que ilumine o meu caminho
e o seu caminho
[…] Para ler em português clique aqui. […]
Tenho orgulho!!! muito orgulho desses meninos!!
Muito bom, quero é mais!!!
buenisssmoooo shera à !!
aca el hio-hop-
del pueblo indigena QOM de argentina
cara vcs são muito bom,gostsaria que vcs viesem na semana acadêmica de ciências sociais em Amambai,etraremos em contato com vcs valeu um abraço,ermanitos
Vocês mostram o rap sem fronteiras…muito AXé!!!
lindo trabalho vou divulgar no site do jornal a música – se puder entrem em contato – gostaria de visitá-los! Abraço Carmela
no site do Jornal Estado de Direito tem meus números estou tbm no facebook! Espero retorno!
http://www.estadodedireito.com.br/2011/08/18/direito-na-musica-bro-mcs-eju-orendive/
abraço carmela grune
salve entao deixa contato ou si nao add luter3d@hotmail.com